domingo, 2 de fevereiro de 2014

Reprodução dos tubarões

Reprodução do tubarão

Reprodução do tubarão
O saco de ovos de um tubarão esqualídeo, popularmente conhecido como "Bolsa de Sereia"
A reprodução dos tubarões ocorre por fecundação interna, na qual o macho introduz o orgão reprodutor masculino (clasper) no orgão copulador feminino (oviducto) da fêmea.
Clasper são dois órgãos alongados e cônicos com o formato de duas pequenas nadadeiras que funcionam como um auxiliador na cópula. O clasper é muito comum nos tubarões machos que fazem uso dele para melhorar a aderência durante a cópula.
As fêmeas atingem, em geral, a sua maturidade sexual com maior tamanho do que os machos e normalmente procriam em anos alternados.
Nas espécies ovíparas, que correspondem a cerca de 20% do total, a fêmea realiza a postura dos ovos rectangulares, protegidos por uma membrana filamentosa, de modo a fixá-los ao substrato marinho.
Nas espécie ovovíparas - cerca de 70% -, o desenvolvimento dos ovos ocorre no oviducto da fêmea, sendo as crias expulsas já desenvolvidas.
Nas espécies vivíparas - cerca de 10% -, o desenvolvimento do embrião realiza-se internamente, com ligações placentárias, sendo as crias também expulsas já desenvolvidas.
A seleção natural dos tubarões inicia-se, em algumas espécies ovovíparas e vivíparas, no próprio meio intra-uterino, através da prática do canibalismo. As crias que se formam primeiro - num número entre quatro a quinze - e providas de dentes afiados, ingerem, na sua vida uterina, os embriões em formação e, posteriormente, devoram-se umas às outras, sobrevivendo apenas as mais fortes e aptas.
Fontes:

Tubarões 1

Os tubarões são pertencentes a classe dos Chondrichthyes. Isto significa que eles apresentam estrutura óssea formada por cartilagem (como as raias).
Tubarão
Tubarão
Classificação científica
Reino: Animalia
FiloChordata
ClasseChondrichthyes
Sub-classeElasmobranchii
Super-ordemSelachimorpha
Os tubarões podem ser marinhos, carnívoros, pelágicos, em quase sua totalidade, eles vão habitar as águas costeiras e também oceânicas, do fundo à superfície. São animais nectônicos, feitos para o ambiente em que vivem e evoluíram.
São adaptados, ocupam diversos nichos ecológicos, tanto de ambientes árticos quanto de ambientes tropicais. Sua distribuição ocorre ao redor do globo, podendo ser chamado ( o grupo) como cosmopolita. Ao redor do planeta são conhecidas cerca de 400 espécies (88 no Brasil), sendo que o tamanho será diverso entre as espécies podendo variar de 0,10m a 18m de comprimento total de corpo.
Tubarão-branco nadando próximo de um cardume de peixes, comportamento de associação. (Foto: Terry Goss / http://www.flickr.com/photos/pterantula/ )
Os tubarões possuem sua origem a mais ou menos 400 milhões de anos, porém por possuir corpo cartilagionoso, registro fósseis são de difícil preservação. Um registro fóssil encontrado que se assemelha muito aos tubarões atuais, sendo um ancestral, é o Cladoselache, indivíduo que já apresentava muito das características dos tubarões atuais. Era um peixe cartilaginoso com cerca de  1 a 1,5 metros, possuindo já fendas branquiaisnadadeira caudal, espinhos localizados a frente das nadadeiras dorsais (duas) e muitos dentes com formação central. Este se alimentava de pequenos crustáceos e peixes.

Reprodução

Nos tubarões a reprodução é através da fecundação interna. Durante o processo de cópula, o indivíduo macho prende-se ao corpo da fêmea e mantém essa posição mordendo-a no dorso ou nas nadadeiras peitorais. Após, introduzir seu órgão sexual, denominado de clásper no oviduto da fêmea, através da cloaca e posteriormente ocorre a expulsão do esperma.
O desenvolvimento do embrião pode se dar de suas formas, internamente ou externamente. Portanto os tubarões podem ser ovíparos, ovivíparos e vivíparos.

Características anatômicas

Os tubarões irão apresentar nadadeira caudal do tipo heterocerca. O revestimento do corpo se dará através de escamas placóides, que ajuda na hidrodinâmica do corpo. A pele é constituída de dentina e esmalte de grande resistência, as escamas placóides possuem, ao contrário dos dentes, uma cavidade central que contém nervos e vasos sanguíneos.
Podem possuir cerca de 5 a 7 pares de brânquias com aberturas individuais. Diferentemente dos teleósteos estes não irão apresentar o opérculo, que é uma estrutura óssea que protege as brânquias nos peixes ósseos.
Como os tubarões não possuem bexiga natatória, utilizam-se do fígado muito oleoso para auxiliar na flutuabilidade. O fígado do tubarão azul (Prionace glauca) por exemplo corresponde cerca de 20% do peso do animal. Essa flutuabilidade do fígado é muito efetiva.
Os tubarões podem realizar grandes deslocamentos, para migrações reprodutivas e para procura de alimento, o que gera uma grande perda energética e para minimizar essa perda se alimentam-se sempre, quando o alimento é disponível. Esse apetite voraz fazem com que algumas espécies exerçam papéis de detritivoros (alimento em estágio de decomposição). São carnívoros por natureza, se alimentam de teleósteos (Thunnus thynnus, Xiphias gladius)aves e até mamíferos marinhos, como é o caso do tubarão branco que se alimenta de leões marinhos.
Maior tubarão do mundo, conhecido como tubarão baleia, se alimento de zooplâncton e fitoplâncton.
O estômago do tubarão é altamente dilatável é o intestino curto é dotado de um septo espiralado, denominado de válvula em espiral, cuja função é de ajudar e aumentar a superfície de absorção e retardar a passagem do alimento.
Para localizar o alimento possui olfato muito sensível além de possuir estruturas sensoriais no dorso e ventre da cabeça denominadas de ampolas de lorenzini, que emite sinais elétricos da presa para o tubarão (batimento cardíaco de um peixe por exemplo).
Uma curiosidade dos tubarões é que os dentes são repostos pelo organismo quando são perdidos. De tempos em tempos, toda a fileira de dentes é substituída.
Estrutura da mandíbula de um tubarão, e as diversas camadas de dentes.